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Mensagem da Bastionária




Sua Excelência Governadora da Província de Luanda Dra Joana Lina Baptista Exmos Senhores Deputados e Membros do Executivo Sua Excelência Procurador Geral República, Dr Helder Pitta Gróz Restantes Membros do Presidium Exmos Senhores representantes dos Partidos com assento parlamentar, Distintos Colegas-fundadores e não fundadores da OEA,

Minhas Senhores e meus Senhores

Neste início do meu discurso, não posso deixar de referir que Sua Excelência a 1ª Dama da República de Angola, Dra Ana Dias Lourenço, membro fundadora desta OEA, teve a nobre atitude de nos informar que embora desejando estar presente neste acto, não foi possível exercer o seu direito de voto, por razões alheias à nossa vontade.

Gostaria poder referir cada um dos presentes e mesmo muitos dos ausentes, para assim poder testemunhar que todos os membros da OEA são parte desta memorável Assembleia Geral, ao nela ser eleito o 1º Órgão Directivo da Organização.

Por isso, hoje é um dos dias mais especiais na vida da OEA e na minha em particular, como economista, académica e bastonária. Nele cumpre-se um objectivo partilhado, um objectivo há muito desejado, e hoje concretizado.

O acto em que hoje participamos é o reconhecimento do resultado de um longo e difícil processo iniciado ainda no início da década de 90 do século passado, processo em que foram parte integrante notáveis membros da organização. Entre esses membros, somente para referir alguns, não poderei deixar de mencionar os nomes dos Colegas João Ferreira, Alberto Rosas, Carlos Gomes, Vicente Félix, Joana Lina, Sérgio Santos, João Chipepe e Ana Celeste.

O acto que hoje celebramos, decorre da proclamação da OEA a 01 de Março de 2018, no qual os economistas se reuniram solenemente, tendo asistido a Primeira Dama da República de Angola Dra Ana Dias Lourenço e o Procurador Geral da República de Angola, Dr Helder Pitta Gróz.

Na sequência da proclamação da OEA foi eleita a Comissão Directiva Provisória, coordenada pelo profesor Fausto de Carvalho Simões, e integrada por outros economistas. Foi o trabalho e a dedicação da Comissão que possibilitaram a criação da OEA e a aprovação dos respectivos Estatutos publicados em Diário da República, assim como constituição de uma sede condigna com todas condições para o funcionamento e desenvolvimento da OEA, e a preparação deste primeiro acto eleitoral.

Ao profesor Fausto de Carvalho Simões e a todos os colegas que participaram nessa Comissão Directiva Provisória, os nossos agradecimentos e reconhecimento.

Estou consciente das responsabilidades que, como bastonária, sobre mim recaem. Mas essas responsabilidades envolvem todos os membros da Ordem por duas razões essenciais. A primeira resulta da OEA só poder funcionar de forma sustentável se os seus membros pagarem as quotas com regularidade, atendendo que a Ordem não dispõe de outras fontes de recursos. E a segunda razão prende-se com o facto de que é fundamental uma conjugação de esforços dos órgãos directivos e dos membros da instituição, no sentido de acções positivas, construtivas, para que com sucesso, seja concretizado o objectivo primordial da OEA, que é a defesa dos interesses dos seus membros.

Isto significa que o referido sucesso só será possível, desde que a Ordem funcione com sustentabilidade, os órgãos directivos exerçam concretamente as suas atribuições, cumprindo os economistas, por um lado, os seus deveres consignados no Artigo 20º dos estatutos da Ordem. E, por outro lado, contribuindo no sentido de se afirmarem na sociedade através de uma dignificação e prestígio da profissão, a que estão associadas não só a valorização técnica, mas também as funções éticas e morais no exercício da actividade.

Trata-se da necessidade do trabalho dos órgãos directivos beneficiar do suporte efectivo de todos os membros da instituição, tendo cada um de nós e em todas as situações o sentimento da inclusão associado às responsabilidades que são de todos.

Por isso e antes de tudo, esta eleição constitui um apelo. Um apelo no sentido dos membros se unirem, uns com os outros para o bem OEA, evitando-se que atitudes disruptivas associadas a motivações destruidoras de natureza pessoal de alguns, possam prejudicar o trabalho da Direcção, do Conselho Nacional Executivo e, assim, prejudicar a nossa Organização.

A OEA, estou certa, irá realizar o seu objectivo, através de uma gestão coerente e profissional dos seus órgãos directivos, existindo entre todos os membros da Organização uma partilha, não só de sinergias, mas também das melhores práticas éticas, deontológicas e profissionais.

Como regra-base da sua gestão, a Bastonária irá, desde início, promover o diálogo tanto interno, na Ordem, como com a sociedade em geral e as instituições do Estado e académicas em particular. Refiro-me ao diálogo franco, sem ambiguidades e respeitoso entre todos e que constitui, hoje, uma prioridade indispensável em Angola, à qual a OEA não se subtrairá.

Unamo-nos caros colegas! É muito importante que todos os membros da OEA saibam que podem contar com o empenho firme e a determinação da Direcção no seu conjunto, do Conselho Nacional Executivo, da Mesa da Assembleia Geral e do Conselho Fiscal hoje eleitos, e que os apoiem positivamente.

Para o quadriénio o órgão directivo irá organizar a sua actividade com base em planos e orçamentos anuais que serão submetidos para aprovação à Assembleia Geral reunida ano a ano extraordinariamente.

Nesse período o foco será o fortalecimento da Ordem e o reforço tanto da sua intervenção como do seu prestígio na sociedade Angolana

Assim, de forma resumida, refiro os objectivos que nortearam e integraram o programa da minha candidatura à bastonária e da eleição dos Órgãos Sociais a nível nacional pela Assembleia Geral, e constam da nossa Visão, da na nossa Missão, e dos nossos Valores.

Quanto à VISÃO

A OEA espera ser reconhecida como Instituição de Utilidade Pública. Além disso, terá de diligenciar junto das autoridades competentes, e obter a qualidade de reguladora efectiva do exercício das actividades profissionais e dos princípios e normas deontológicas dos economistas. Só desta forma ela será representativa da classe e da defesa dos interesses da mesma. Nesta perspectiva a sua intervenção será no sentido da sua consolidação e afirmação na Sociedade Angolana, para lhe ser possível atingir os seguintes objectivos:

  • 1º) Poder assumir-se como parceiro estratégico do Estado e, nesta condição, contribuir para a definição de políticas e de estratégias económicas e sociais, que visem uma sustentável diversificação da economia e o desenvolvimento económico do país. Para tal concorreriam os seus Colégios de Especialidade dotados de meios, integrando entre outros, os seus membros mais conceituados como especialistas na área da ciência económica. Esses Colégios são os de Macroeconomia, Economia de Empresas, Finanças, e Planeamento Estratégico.
  • 2º) Proceder à internacionalização da OEA, estabelecendo relações com instituições congéneres dos países da CPLP e outros, entre os quais os da SADC.
Quanto à MISSÃO

A missão da OEA estará estreitamente ligada à Visão e toma sobre si os seguintes pilares:

  • 1. Reforço da afirmação da OEA através da promoção da imagem e da função imprescindível dos economistas para o país, e da emissão de Cédulas Profissionais. Embora não sendo obrigatório que todos os economistas pertençam à Ordem, esta deverá dar a conhecer aos economistas as vantagens e benefícios de terem a Cédula e, assim, de serem membros. Um benefício relevante será o Centro de Estudos, Estágios, e Formação Profissional (CEF).
  • 2. Reforço do papel e da influência da OEA através de acordos de cooperação
    • a) com as Universidades públicas e privadas nacionais e da CPLP, em matérias de desenvolvimento curricular dos cursos de ciência económica, promovendo uma estreita ligação entre as partes através de protocolos de cooperação.
    • b) com Universidades e Centros de Investigação nacionais e estrangeiros, que possibilitem aos seus membros a participação em projectos de investigação científica nas áreas da economia e da gestão.
    • c) com Auditoras e Consultoras de renome que funcionam no país, promovendo com elas eventos como jornadas científicas, seminários, fóruns e outros nas áreas da economia e da gestão. Os temas serão preferencialmente actuais, sobretudo relativos a Angola, dando a possibilidade aos membros, jovens economistas, de participarem ao lado de colegas reconhecidos pela sua competência.
Quanto à MISSÃO

Associada à Visão e à Missão está a estrela do Logotipo da OEA, que tem 5 pontas, cada uma com um nome próprio, designadamente a Ética, a Deontologia, o Respeito, o Desenvolvimento e a Cidadania. Essa estrela simboliza o conjunto de valores que afirmarão a OEA na sociedade Angolana.

Se finalmente me permitirem um reparo pessoal, dou conta de quanto e como me sinto honrada pela confiança que os colegas membros depositaram em mim. Em nome dos colegas dos Órgãos Directivos e do meu, o nosso muito obrigado.